Imagem retirada daqui.
Tenho uma amiga que é solicitadora de uma imobiliária. No início da semana passada foi contactada por um cavalheiro que pretendia adquirir em Lisboa um apartamento com uma tipologia determinada informando que era proprietário também de uma habitação em Lisboa que pretendia vender. Informou-a de que a sua disponibilidade era de 250 000 euros. Solícita, a minha amiga, consegui marcar as primeiras visitas a imóveis disponíveis ainda no final da semana. Na hora marca e local acertado lá se encontrou com o cavalheiro com quem só havia conversado telefonicamente. Apareceu, segundo a sua descrição, um jovem, aí pelos trinta e poucos, bem parecido, ar próspero e viatura em consonância. Foram de imediato visitar o primeiro imóvel. Visita feita, iniciaram o caminho para o segundo, momento para se tratarem de pormenores. A minha amiga lá o foi avisando que se teria de coordenar os tempo da venda do imóvel dele com a compra do novo, por causa das implicações financeiras, ao que ele lhe respondeu, que não existia esse problema, porque ele, embora quisesse vender o actual apartamento, não estava dependente dessa operação para poder financiar a segunda compra. Então ela perguntou-lhe se ele já não tinha encargos financeiros com essa habitação. O jovem, respondeu-lhe que quando comprou o seu actual apartamento há quatro anos, contraíra um empréstimo de 200 000 euros, mas que estava quase liquidado. A conversa fez uma pausa, houve três ou quatro frases de circunstância sobre o trânsito e o tempo, e a minha amiga perguntou-lhe, em que ramo trabalhava ele. Sou conselheiro espiritual, respondeu. O resto da história fica reservada…
3 comentários:
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Caro António
Deixo-lhe a letra do charlatão, ainda que os de hoje sejam "mais modernos"
Na ruela de má fama
faz negócio um chalatão
vende perfumes de lama
anéis d’ouro a um tostão
enriquece o charlatão
No beco mal afamado
as mulheres não têm marido
um está preso, outro é soldado
um está morto e outro f’rido
e outro em França anda perdido
É entrar, senhorias
a ver o que cá se lavra
sete ratos, três enguias
uma cabra abracadabra
Na ruela de má fama
o charlatão vive à larga
chegam-lhe toda a semana
em camionetas de carga
rezas doces, paga amarga
No beco dos mal-fadados
os catraios passam fome
têm os dentes enterrados
no pão que ninguém mais come
os catraios passam fome
(É entrar,…)
Na travessa dos defuntos
charlatões e charlatonas
discutem dos seus assuntos
repartem-s’em quatro zonas
instalados em poltronas
Pr’á rua saem toupeiras
entra o frio nos buracos
dorme a gente nas soleiras
das casas feitas em cacos
em troca d’alguns patacos
(É entrar,…)
Entre a rua e o país
vai o passo dum anão
vai o rei que ninguém quis
vai o tiro dum canhão
e o trono é do charlatão
(É entrar,…)
É entrar, senhorias
É entrar, senhorias
É entrar, senho…
Letra: Sérgio Godinho
Música: José Mário Branco
Álbum: Mudam-se os tempos mudam-se as vontades
Também eu...
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