Taberneira saloia.
O Homem, ao longo da sua existência, já experimentou vários modelos de organização social, que foi criando, usurpando, modificando, evoluindo. Não encontrou ainda uma organização social ideal. Ou melhor, se encontrou ainda não experimentou. Ou quando tentou experimentar as coisas não correram lá muito bem.
Por isso, a democracia, com todos os defeitos que nos afligem quotidianamente, ainda parece ser o menos mau.
Entendo que estes conceitos são preenchidos pelo que de bom e de mau os seres humanos lhes possam dar.
Entendo que para as democracias funcionarem minimamente, deverão ser os melhores de nós a preencher os cargos públicos, eleitos em listas compostas pelos melhores. Os que mais sabem, os mais abnegados, os mais criativos, os mais tolerantes, mas também os mais determinados.
Bem sei que estou a pedir de mais. Mas não tenciono fazer cedências quanto a princípios de vida colectiva.
Pois bem, dia 5 de Setembro, continuando no meu recolhimento reflexivo nos aposentos do Palácio, percebi que os actuais locatários se encontravam a trabalhar no antigo Salão Nobre.
Confesso que não evitei escutar para além das portas. E de um estado de perfeita surpresa passei a espantada, encolerizada, e por fim muito preocupada.
Não me debruçando sobre o conteúdo das intervenções, até porque versavam matérias para mim desconhecidas, não posso deixar de me indignar com a forma que tomavam.
Um senhor, de bigode desusado, que parecia presidir à reunião, dirigia-se aos vereadores num linguajar corriqueiro, mal-educado e até a roçar o reles. Falava sobretudo para um dos vereadores que, apesar de muito ofendido, manteve a atitude a que o obrigam os seus eleitores.
Segundo apurei mais tarde, este não foi um caso isolado o que o torna ainda mais grave.
É assim que se vive a democracia em Loures?
Não haverá meios legais para se evitarem juízos globais?
Bem sei que temos tendência para fingir que não vemos aquilo que não nos é dirigido, mas também sei que atitudes como a dos senhores dos bigodes, rapidamente chegam a todos e envergonham quem veio por bem.
Por isso, a democracia, com todos os defeitos que nos afligem quotidianamente, ainda parece ser o menos mau.
Entendo que estes conceitos são preenchidos pelo que de bom e de mau os seres humanos lhes possam dar.
Entendo que para as democracias funcionarem minimamente, deverão ser os melhores de nós a preencher os cargos públicos, eleitos em listas compostas pelos melhores. Os que mais sabem, os mais abnegados, os mais criativos, os mais tolerantes, mas também os mais determinados.
Bem sei que estou a pedir de mais. Mas não tenciono fazer cedências quanto a princípios de vida colectiva.
Pois bem, dia 5 de Setembro, continuando no meu recolhimento reflexivo nos aposentos do Palácio, percebi que os actuais locatários se encontravam a trabalhar no antigo Salão Nobre.
Confesso que não evitei escutar para além das portas. E de um estado de perfeita surpresa passei a espantada, encolerizada, e por fim muito preocupada.
Não me debruçando sobre o conteúdo das intervenções, até porque versavam matérias para mim desconhecidas, não posso deixar de me indignar com a forma que tomavam.
Um senhor, de bigode desusado, que parecia presidir à reunião, dirigia-se aos vereadores num linguajar corriqueiro, mal-educado e até a roçar o reles. Falava sobretudo para um dos vereadores que, apesar de muito ofendido, manteve a atitude a que o obrigam os seus eleitores.
Segundo apurei mais tarde, este não foi um caso isolado o que o torna ainda mais grave.
É assim que se vive a democracia em Loures?
Não haverá meios legais para se evitarem juízos globais?
Bem sei que temos tendência para fingir que não vemos aquilo que não nos é dirigido, mas também sei que atitudes como a dos senhores dos bigodes, rapidamente chegam a todos e envergonham quem veio por bem.
A toute à l’heure!
32 comentários:
Irra, esta nem com cera lá vai...
cera! um corta-relva.
Terei percebido que mais uma vez o Presidente da Câmara fez do Vereador Guedes da Silva o bombo da festa?
Mas esta afilhada anda a escutar ás portas? e está bem próxima do poder, parece-me.Falam falam, mas estão sempre por lá perto.
Criticam-nos mas também não têm atitudes muito dignas, escutar ás portas? se eles fossem assim tão maus, esta afilhada nem lá estava a espiar.É porque a Sra.sabe lidar muito bem para os dois lados.
Cá me parece que há gente do PS a fazer jogo duplo. Isto só pode ser sinal que entendem que o barco socialista começou a meter água em loures...
Mas jogo duplo sempre houve na edilidade amigo.A esperteza saloia sempre foi muito arreigada na Câmara.
Quem os viu e quem os vê.
Não sei como conseguem manter este jogo de cintura, mas lá andam a escutar ás portas e a retirar recortes das bibliotecas da Câmara.
Esses dão-se sempre bem qualquer que seja a administração, é mesmo uma questão de savoir faire.
Quem critica os actuais locatários do Palácio e tem liberdade e tempo para reflectir, não se pode queixar, é porque não a perseguem, e se não a perseguem, é porque sabe agradar aos seus senhores.
Ou então é mesmo do PS a querer fugir do barco, mas é mais comum o contrário (pessoal na mama do PC sem ser militante la querer abandonar o barco quando começa a meter água). Porque os militantes PC estão sempre mais lixados, nem o PS os grama, e na maioria das vezes nem o PC, presos sempre por ter cão ou por não ter.
Pois é.
A Afilhada Do Marquês
Caros amigos
a vida e as pessoas não se dividem em quem está no PS e agrada ao poder, e os que estão aos pulos para lá estar.
Também há muita gente que não depende deste poderzinho municipal e talvez também por isso não precise de ser politicamente correcto.
Para os menos qualificados a nível literário, a Afilhada do Marquês é uma figura ficcionada, que vive no Palácio e por isso ouviu atrás das portas, que por sinal parece que estavam aberta. Não se macem a abrir já a caça às bruxas junto de quem aí trabalha, pois uma donzela da nobreza não precisa de trabalhar.
Um abraço, meus amigos
Que tal reflectir um pouco sobre as atitudes desadequadas e prepotentes dos homens dos bigodes??
"Confesso que não evitei escutar para além das portas."
Assim, deste modo e não de outro qualquer, nos diz A Afilhada do Marquês explica como obteve a informação que comenta no seu texto. Escutar além das portas é diferente de escutar atrás da porta. Aliás, ao contrário dos olhos, é impossível fechar os ouvidos, mesmo metaforicamente, aos comportamentos arrogantes do actual executivo municipal.
Mas que mania de estarem sempre a induzir e acusar os outros de pouco conhecimento literário ou outro.
Quanto à afilhada do Marquês, se não necessitasse do seu salário municipal ao fim do mês, estaria a suportar o bigodes?
Afilhada, já que acusa os outros de fraco conhecimento literário, tenha atenção aos seus erros ortográficos:
maçem leva cedilha
as portas estavam aberta, falta um s, para haver concordância, a não ser que seja luso africana.
A caça ás bruxas são vocês os primeiros a fazê-la.
É claro que a gente que escreve para aqui está bem informada demais. Bem colocada, por assim dizer. Com o tempo tudo se sabe.
O Teixeira Taberneira é que me mata toda!
É a chamada mulher de pelo na venta.
O Teixeira e os seus moços só tratam mal o Guedes da Silva porque ele não os põe na ordem. Era o que faltava! Mas triste é ver o outro Vereador do PSD, que ali anda a apnhar bonés, a rir com isso. Não percebe, o parolo, que é apenas um joguete.
Acho que esta empregada de balcão já está em estágio para trabalhar no estabelecimento comercial que está a seu construido junto ao vosso palácio. Só não sei se a ASAE não terá algo a dizer em relação àquele bigode.
Sempre pode usar umas máscara tipo touca...
Ainda hoje a "taberneira" esteve a inaugurar uma obra numa freguesia comunista. Trabalho meus amigos, trabalho...
E por coincidência, no dia que a cun hada da irmão da tia da mulher, fazia anos. Por isso uma data impossível de esquecer.
Um abraço
Maria CC
Longa vida ao nosso líder que nos deu mais uma obra. O que seria de nós sem tamanha bondade!
O homem fez um discurso palerma, queria tanto desvalorizar o papel da Valorsul nesta obra, em espacial o papel do antigo administrador José Manuel Abrantes, vereador da CDU, que até se saiu com esta: "tendo o Presidente da Câmara reforçado a ideia de que “foram os munícipes do concelho”, através das suas contribuições fiscais, “que permitiram que esta obra se realizasse” (in, página da CMloures).
Então e as outras obras todas são pagas por quem? Que tudo é pago com a receita dos impostos já nós sabemos. O grande debate é como se gerem essas receitas, que obras se fazem, que opções se tomam.
Até sabem quando a cunhado do irmão da sobrinha da tia avó faz anos, que cuscique.
Que interesse socila e político tem o aniversário não sei de quem, Sr. Marquês? não censura esse comentário?
social, quis dizer.
A bigodaça do Sr. inspirou, excitou comentários com fartura!
"Anónimo disse...
Que interesse socila e político tem o aniversário não sei de quem, Sr. Marquês? não censura esse comentário?
10 de Setembro de 2007 14:48 "
#
O caríssimo tem razão. O interesse desse tipo de efemérides, do ponto de vista político é irrelevante. Mas quem aqui colocou este comentário estava a aludir ao facto de o Sr. Presedente da Câmara Municipal pontuar quase todas as suas intervenções com referências desse tipo. Toda a gente que acompanha minimamente as prestações públicas do Sr. sabe o calendário completo dos aniversários da sua família, e até outros detalhes mais pessoais e íntimos. E às vezes, até há familiares que fazem anos mais do uma vez no ano. Lapsos!
Ah, dessa ainda não me tinha apercebido, só me apercebi de que diz a todas as idosas ou reformadas do Concelho, que lhe fazem lembrar a sua mãe. A mãe do bigodes devem ter uma cara multi feições, coitada da Sra. ser parecida com todas as vóvós do Concelho de Loures. Elas votam, não é isso? O que dirá ele aos reformados? e aos jovens que já votam? "fazes-me lembrar os meus filhos"?
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