"É INDECENTE REALOJAR GENTE EM LOURES"
"O Presidente da Junta de Freguesia de Loures é um homem de grande bagagem cultural e maior sensibilidade social. Em recente entrevista à revista Loures Municipal, o nosso grande Presidente da Junta, o Dr. João Nunes protestou contra o facto de ter havido realojamentos na sua Freguesia que acolheram gente de fora. “Agora, não podemos é deixar que se façam realojamentos como o da Quinta das Sapateiras, que trouxe pessoas de fora. Isto é o mesmo que castrar a expansão da cidade de Loures” Não se interprete mal estas afirmações. Elas não contêm nenhum pendor racista ou xenófobo. O problema é que, provavelmente por falta de espaço na revista Municipal, não ficaram transcritas a restantes declarações. Assim falta “Esses cidadãos já passaram um mau bocado antes do realojamento, nas suas habitações precárias. Defendo que nesse caso sejam realojados em Freguesias onde possam encontrar verdadeira qualidade de vida, zonas verdes cuidadas, ruas limpas, oferta cultural e lúdica de qualidade e responsáveis locais que compreendam a importância da elevação social e cultural destas camadas mais desfavorecidas da população para o futuro de todos. Essas condições só as encontrarão noutro local que não aqui. Não tenho tempo para tudo. Tenho de me concentrar na ocupação urbana da Várzea, no projecto do Centro Comercial, grande equipamento cultural e na minha candidatura à Câmara Municipal de Loures como Vereador ou até como Presidente. Eu até gosto de gente pobre. Lá em casa a minha empregada até é pobre.”
Texto editado em Junho de 2004 no blog http://aconteceemloures.blogs.sapo.pt , blogue satírico de conteúdo ficcional.
INSEGURANÇA NA QUINTA DA FONTE
A Assembleia Municipal reuniu ontem. Com uma Ordem de Trabalhos não muito extensa, que se resumia à votação do novo regimento, acabou por ficar marcada pelo debate em torno dos recentes acontecimentos na Quinta da Fonte. Motivados pelas últimas notícias sobre o agravamento da situação de insegurança neste bairro de realojamento da Apelação, que recentemente obrigou a uma intervenção da Polícia mediatizada pela comunicação social, quase todos os grupos políticos suscitaram o debate em torno deste tema. Todos, menos o PS. A CDU, o Bloco de Esquerda e o PSD apresentaram no plenário considerações sobre a situação dos bairros municipais, e, com os cambiantes políticos próprios de cada posicionamento político, apresentaram propostas de acção concretas para fazer face à situação.
Esgrimiram-se argumentos, apontaram-se responsabilidades e cada grupo político, mal ou bem, fez a gestão dos capitais de responsabilidade, queixa e proposta. Seria o normal num ambiente civilizado e democrático. Mas dois aspectos pontuaram o debate. O PS mais uma vez não conseguiu protagonizar nenhuma proposta ou sequer tecer uma avaliação do problema em apreço. Criticaram as propostas e as considerações apresentadas pelos outros, ilibaram-se de responsabilidade e aprovaram apenas a proposta apresentada pelo PSD, que no contexto da “doença” foi uma espécie de Melhoral político. O segundo aspecto é o agravamento dos tiques absolutistas da Maioria Socialista condimentados cada vez mais com o recurso ao insulto, à deturpação e memo à boçalidade política. As intervenções do Presidente da Junta de Freguesia de Loures primaram pelo primarismo, seja na forma seja no conteúdo. O argumentário que roçou muitas vezes o racismo social apenas não chocou os representantes do PS, que se comportam cada vez mais como uma massa acrítica, que exulta sempre que um dos seus vilipendia nos debates os seus oponentes. Num discurso quase frenético nem a identificação dos representantes do Bloco de esquerda com o regime do Pol Pot ou os campos de deportação da Sibéria foi evitada. A insanidade política está instalada. Melhor do que o relato será o testemunho, e aqui se colocarão as declarações em causa.
Esgrimiram-se argumentos, apontaram-se responsabilidades e cada grupo político, mal ou bem, fez a gestão dos capitais de responsabilidade, queixa e proposta. Seria o normal num ambiente civilizado e democrático. Mas dois aspectos pontuaram o debate. O PS mais uma vez não conseguiu protagonizar nenhuma proposta ou sequer tecer uma avaliação do problema em apreço. Criticaram as propostas e as considerações apresentadas pelos outros, ilibaram-se de responsabilidade e aprovaram apenas a proposta apresentada pelo PSD, que no contexto da “doença” foi uma espécie de Melhoral político. O segundo aspecto é o agravamento dos tiques absolutistas da Maioria Socialista condimentados cada vez mais com o recurso ao insulto, à deturpação e memo à boçalidade política. As intervenções do Presidente da Junta de Freguesia de Loures primaram pelo primarismo, seja na forma seja no conteúdo. O argumentário que roçou muitas vezes o racismo social apenas não chocou os representantes do PS, que se comportam cada vez mais como uma massa acrítica, que exulta sempre que um dos seus vilipendia nos debates os seus oponentes. Num discurso quase frenético nem a identificação dos representantes do Bloco de esquerda com o regime do Pol Pot ou os campos de deportação da Sibéria foi evitada. A insanidade política está instalada. Melhor do que o relato será o testemunho, e aqui se colocarão as declarações em causa.
1 comentário:
já cá faltava....
Enviar um comentário