A Traição das Imagens (1928-1929), obra conceptual, desenho com legenda, jogando com a noção de representação, ceci n’est pás une pipe (isto não é um cachimbo) a legenda nega a evidência da imagem.
A acção política é sempre feita de cumplicidades. É da sua própria natureza. Mas também é feita, quando honesta, de princípios e responsabilidade. Na última reunião da Assembleia Municipal de Loures o Partido Socialista chumbou uma moção que discordava da intenção do Governo de encerrar a Urgência do Hospital Curry Cabral. Deste modo, a maioria do PS colocou a sua cumplicidade política com o Governo à frente dos interesses da população do Município de Loures. Para essa maioria de votos, que chumbara uma posição de discordância com a deslocação dos utentes para a Urgência do hospital São José, contribuíram os votos dos Presidentes de Junta de Freguesia do PS das Freguesias de Unhos, Sacavém, Prior Velho, Bobadela, Apelação e Moscavide. Estes Presidentes de Junta devem ser instados a explicar nas suas freguesias a posição que assumiram. Concordam eles com o propósito do Governo de encerrar a Urgência do Hospital Curry Cabral? Claro que sim. Assumiram na reunião da AM Loures essa posição. É a posição assumida por eles do interesse das populações das suas freguesias? Claro que não. Aliás, foi evidente nessa reunião, na qual a votação se fez sem debate, que nenhum argumento de defesa pode ser aduzido nesta questão.
Mesmo assim, estes Presidentes de Junta, membros da Assembleia Municipal de Loures pela legítima inerência que decorre do facto de serem a voz das suas freguesias, calaram-se e votaram. Prestaram um péssimo serviço àqueles que representam. Escolheram a cumplicidade com o Governo à defesa das suas populações. Não duvido que o tenham feito por princípios de fidelidade partidária, mas falharam na lealdade que devem a quem os legitimou. Conseguirão com palavras negar a evidência das suas acções?
Mesmo assim, estes Presidentes de Junta, membros da Assembleia Municipal de Loures pela legítima inerência que decorre do facto de serem a voz das suas freguesias, calaram-se e votaram. Prestaram um péssimo serviço àqueles que representam. Escolheram a cumplicidade com o Governo à defesa das suas populações. Não duvido que o tenham feito por princípios de fidelidade partidária, mas falharam na lealdade que devem a quem os legitimou. Conseguirão com palavras negar a evidência das suas acções?
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