“De facto é como diz: a cegueira está instalada. Mas eu diria mais: pior cego é aquele que não quer ver. É este o caso do Sr. Vereador Ricardo Leão e da sua equipa que administra o nosso concelho.
Permita-me complementar a sua informação, já de si muito completa, com alguns dados, estes sim, de facto técnicos.
Em boa verdade, no ponto de vista teórico, o percurso escolar das crianças e jovens deve ter sequencialidade, os objectivos e as metas a alcançar nesse percurso deverão estar delineadas no sentido crescente de aprendizagens, de comportamentos e atitudes que um determinado agrupamento de escolas deve definir no seu projecto educativo.
As estratégias diferenciadas que se praticam para atingir o perfil de aluno desejável, assentam numa relação pedagógica e afectiva fortes fundamentada no trabalho de equipas pedagógicas que reflictam a verticalidade pretendida e que, naturalmente determinam a sequencialidade.
Foi com base nestas premissas que em 1990 se iniciou o trabalho de criação do Agrupamento de Escolas de Fanhões (a lei que permitia a criação de agrupamentos é de 1997 e só em 2004 se criam os agrupamentos de Loures). Na altura, o Agrupamento de Fanhões tinha também o 2º ciclo. O alargamento do trabalho do Agrupamento aos 2º e 3º ciclos será, do nosso ponto de vista, um crescimento natural para o qual estamos há muito preparados. Não é isso que nos afasta da pretensão da DREL.
Os agrupamentos para onde se pretende enviar as nossas escolas são de dimensões gigantescas, não trabalham com base na sequencialidade dos ciclos, não articulam as escolas que os compõem, não é possível integrar os docentes num trabalho sério de equipas pedagógicas. Toda a estrutura organizativa dos mesmos baseia-se essencialmente em sub estruturas horizontais, em grupos de trabalho de docentes do mesmo ciclo que não comunicam com os outros. Têm ainda um caminho de alguns anos que, indiscutivelmente, em Fanhões já se percorreu.
A medida apresentada é cega, redutora da qualidade e desrespeitadora do trabalho efectuado por toda uma comunidade há 17 anos.
A CML fará o que entender. O parecer é vinculativo e quer a DREL o respeite ou não, ficará este executivo com a responsabilidade de menos 270 sorrisos por minuto nos tempos chuvosos que se avizinham.
Permita-me complementar a sua informação, já de si muito completa, com alguns dados, estes sim, de facto técnicos.
Em boa verdade, no ponto de vista teórico, o percurso escolar das crianças e jovens deve ter sequencialidade, os objectivos e as metas a alcançar nesse percurso deverão estar delineadas no sentido crescente de aprendizagens, de comportamentos e atitudes que um determinado agrupamento de escolas deve definir no seu projecto educativo.
As estratégias diferenciadas que se praticam para atingir o perfil de aluno desejável, assentam numa relação pedagógica e afectiva fortes fundamentada no trabalho de equipas pedagógicas que reflictam a verticalidade pretendida e que, naturalmente determinam a sequencialidade.
Foi com base nestas premissas que em 1990 se iniciou o trabalho de criação do Agrupamento de Escolas de Fanhões (a lei que permitia a criação de agrupamentos é de 1997 e só em 2004 se criam os agrupamentos de Loures). Na altura, o Agrupamento de Fanhões tinha também o 2º ciclo. O alargamento do trabalho do Agrupamento aos 2º e 3º ciclos será, do nosso ponto de vista, um crescimento natural para o qual estamos há muito preparados. Não é isso que nos afasta da pretensão da DREL.
Os agrupamentos para onde se pretende enviar as nossas escolas são de dimensões gigantescas, não trabalham com base na sequencialidade dos ciclos, não articulam as escolas que os compõem, não é possível integrar os docentes num trabalho sério de equipas pedagógicas. Toda a estrutura organizativa dos mesmos baseia-se essencialmente em sub estruturas horizontais, em grupos de trabalho de docentes do mesmo ciclo que não comunicam com os outros. Têm ainda um caminho de alguns anos que, indiscutivelmente, em Fanhões já se percorreu.
A medida apresentada é cega, redutora da qualidade e desrespeitadora do trabalho efectuado por toda uma comunidade há 17 anos.
A CML fará o que entender. O parecer é vinculativo e quer a DREL o respeite ou não, ficará este executivo com a responsabilidade de menos 270 sorrisos por minuto nos tempos chuvosos que se avizinham.
P.S. Quanto ao silêncio de alguns: poupem-me os grunhidos dos ímpios.”
Comentário colocado no post A Cegueira por Maria Eugénia Coelho,
Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de Fanhões
Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas de Fanhões
3 comentários:
Registo a minha solidariedade com os alunos, os pais e os professores do Agrupamento de Escolas de Fanhões. É inacreditável que a Câmara sequer pense em permitir o encerramento do agrupamento. Não percebem que a única coisa que prejudicam são os miúdos e a comunidade?
Sou recenseada em Loures há 15 anos e conheço o trabalho do Agrupamento de Escolas de Fanhões à cerca de 7 anos. Neste momento sinto-me profundamente triste e revoltada com o que está a acontecer! É inadmissível que seja a própria Câmara, a permitir o encerramento de um Agrupamento pioneiro e com qualidade reconhecida a todos os níveis!Não devia ser o contrário? Defendê-lo e ter imenso orgulho de que fizesse parte deste concelho?
M.C.P.- Loures
Por decisão de reunião de Câmara do dia 4 de Abril, foi votado um parecer favorável ao desmantelemento do Agrupamento, Ccm 5 votos do PS e 1 do PSD. A CDU e um vereador do PSD votaram contra.
A todos os que se empenharam pela continuação do Agrupamento o meu mais sincero obrigada.
M. Eugénia Coelho
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