2008/07/18

FESTAS EM LOURES


Foto de espectáculo nas Festas em 2001

"Em tempos que já lá vão, por esta altura Loures fervilhava de actividade cultural. As Festas do Concelho, longe de serem um evento isolado no ano, eram o reflexo da política cultural no Município. As Festas eram realmente do Concelho, pelo envolvimento de todas a estruturas municipais, desde a sua concepção, construção e funcionamento, passando pela participação das colectividades e associações locais. Para quem as viveu, Julho é um mês de saudade e nostalgia.Ao longo dos últimos anos, sempre ensaiando novos modelos, porque o que encontraram lhes causava urticária, o PS chegou a 2007 com uma coisa tipo Festas desconexas, sem fio condutor, assentes como sempre em dois ou três concertos e mais qualquer coisa pelo meio para dar alguma consistência. Talvez não saibam fazer melhor, mas Loures continua a merecer melhor."
Este texto foi publicado em Julho do ano passado, mas a análise continua tão actual como então. Apesar disso ele é omisso. Não diz que as Festas do Concelho eram um momento de afirmação do Concelho, um momento de orgulho para os seus habitantes que muitas vezes faziam delas a sua sala de visitas, convidando amigos a juntar-se às Festas. Mas era também um momento de orgulho para os trabalhadores do Município, que tinham nas Festas um corolário de um ano de trabalho. Também por isso elas eram especiais.

10 comentários:

Anónimo disse...

Pelos vistos os Loureiros não gostavam dos vossos modelos de festas, isto a julgar pelos resultados eleitorais de 2001 e de 2005. Penso mesmo até que as pessoas estavam fartas de festa e festança permanente que era o que se fazia no Concelho de Loures até 2001. Pelos vistos os Loureiros continuam a preferir as festas de Loures no modelo que a actual Administração tem utilizado. Acho que as vossas festas eram essencialmente dirigidas a intelectuais de esquerda e como são poucos o resto da populaça não gostava. Esta malta quer é pimbalhada, churros, fartura e algodão doce. Vocês davam-lhes com Sérgio Godinho e afins e claro, a malta não gostava. Agora olhem, têm que levar com isto, gostem ou não. Se não gostarem não apareçam! Boas festas! Em Loures, porque para o Natal ainda faltam uns mesitos!

O MARQUÊS DA PRAIA E MONFORTE disse...

Caríssimo

O autoconvencimento costuma ser o suicídio dos poderosos. Este comentário denota ausência de formação clássica. Uma breves leituras de Maquiavel, Saint-Exupéry, Homero, Virgílio ou Montesquieu, ajudá-lo-iam a encarar a vida de uma forma mais saudável e profícua.
Encontrar-me-á nas Festas em Loures, lá estarei, como aliás nunca deixei de estar, porque a polis é dos cidadãos, de todos, não apenas daqueles que temporariamente se adonam do poder.

Os melhores cumprimentos.

O Marquês

Anónimo disse...

O "Loureiro" anónimo, tavez com folhas de louro enroladas na cabeça, tal como Nero ao incendiar Roma, ou Hitler queimando os Livros, ou Goebbels, sacando da pistola quando ouvia falar em cultura, afirmou-se como o Senhor Todo poderoso representante dos ignorantes (a maioria que o elegeu, presume-se). Como ele disse a "malta quer é pimbalhada, churros farturas e algodão doce".
Podem faltar escolas, centros de saúde, até o dinheiro para comer uma refeição, mas as festas com algodão doce e pimbalhada essas serão a cenoura que engana os burros e os obrigam a trabalhar. Só lhe faltou dizer que quer ignorantes no poder. O Mestre Alberto João tem "bons" alunos.

Anónimo disse...

Milhares de pessoas nas festas. A abertura como se esperava foi um sucesso. Por certo se tivessem que levar com Homero, Saint-Exupéry, Maquiavel, Virgílio Ferreira ou Montesquieu não aparecia lá ninguém. Estaria lá o marquês e mais meia duzia de intelectuais burgueses de esquerda que sempre dominaram o PC de loures e que têm vergonha de pertencer àquela ala politica. Já vos disse, a malta quer é churros, fartura e caracol.
Qual goebgels, kant, durkeim, nitzche ou outros. Isso é para vocês, altos intelectuais não é para os leitores de loures que, infelizmente, não têm a vossa alta formação mas que já abriram os olhos em 2001 lá isso já abriram para vosso azar.
O anónimo fala que até pode "faltar dinheiro para comer uma refeição" mas não diz onde. Nas escolas? Bom, o numero de refeições servidas pela câmara às escolas aumentou desde que vocês sairam de lá de 7.000 para 80.000. Por aqui não deve ser o sentido do seu comentário, penso eu. Seria as refeições que os ciganos do jardim queriam? Pois é, mas esses têm mais dinheiro que eu e não precisam. Eles é que dizem que precisam, mas é mentira. Estiveram lá 2 dias na rua e quem ganhou foi o dono do monumento. Para vicios e luxos têm eles dinheiro. Para pagar a renda, a segurança social, o seguro automovel e outros impostos e afins já não têm. São uns calinas, não querem fazer nada!
Boas festas. Logo a malta vê-se por lá.

O MARQUÊS DA PRAIA E MONFORTE disse...

Caríssimo

Escreve-se Nietzsche.

Cumprimentos

O Marquês

Anónimo disse...

É que eu também faço parte da populaça que deixou de votar em vocês, sou um analfabeto, até me enganei a escrever o nemo desse gajo Nietzsche. Peço desculpa Sr. Marquês pelo erro. Ainda bem que me corrigiu pois agora sou muito menos analfabeto, mas ainda não convenceu a votar de nova na esquerda intelectual. Não vos estou a confundir com o BE, pois esses são muito mais intelectualoides que vocês. Esses até já percebem e sabem quem foi Alexandre Aksakof e Nikolai Gavrilovitch Tchernichevski ou ainda Dietrich von Hildebrand. Vocês não. Boas festas.

O MARQUÊS DA PRAIA E MONFORTE disse...

Caríssimo

Como vê, estes diálogos podem ser bastante bastantes educativos. Veja bem a quantidade de nomes estranhos que escreveu no seu comentário. Acredito até que os tenha escrito pela primeira vez.
Contudo existe uma dúvida que não consigo ver esclarecida. Que deferença é essa entre pessoas intelectuais e as outras, que presumo não o sejam.
O intelecto não é uma caracteristica comum a todos os seres humanos?

Cumprimentos

O Marquês

O MARQUÊS DA PRAIA E MONFORTE disse...

Caríssimo, só mais nota.

O Virgílio de que lhe falei na minha primeira resposta é o da Eneida, não me referia ao Vergílio Ferreira, da Aparição, que sendo uma leitura aconselhável, não era aquela a que me referia.

Cumprimentos

O Marquês

Anónimo disse...

E Tolstoi, gosta? E de Alice Vieira?
Quanto ao Virgilio podia bem ser o homem do café aqui da minha freguesia, mas não, nem é o Ferreira mas é sim o da Eneida, aquele que escreveu o poema mais perfeito de todos os tempos, conseguindo mesmo superar a Odissea, de Homero.
Mas continuo a preferir Ferreira, com a sua magnifica Manhã Submersa. Homeros e Eneidas são para malta culta, não é para a populaça do caracol como eu!

Barbeiro disse...

Gostaria apenas de contribuir para esta interessantíssima discussão com o seguinte dado: os habitantes de Loures chamam-se LOUREENSES e não Loureiros.

LOUREIRO, do Lat. laurariu

s. m., Bot., árvore verde que produz umas bagas amargas e escuras e cujas folhas são empregadas para condimentar alimentos.