dois velhos comendo
1820-23
Queria respirar o oxigénio de um poema
e saber mexer os dedos como um
verso incompleto.
Quantas palavras medem uma melodia
quando estamos em silêncio?
Adormeço sem respostas,
procurando ser poeta num qualquer
sonho.
Deixei de falar e esqueci todas
as palavras,
enterrei-me no solo mais árido
e ceguei com o sol perseguindo
o voo de um falcão. R.08/
5 comentários:
" Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela. Por isso é que os poemas têm ritmo - para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado."
Mario Quintana
não cegues ainda, oh poeta do solo árido. abre a janela dessa cela abafada e deixa entrar o ar para que respires.
Caro secretário:
a curiosidade de o conhecer pessoalmente tem vindo a aumentar na medida do qualidade dos seus textos.
Confesso que até me sinto intimidada a publicar as minhas pequenas e simples "redacões".
Muitos parabéns, o Palácio está mais interesante.
Ora essa, estimada Afilhada, os seus textos é que fazem muita falta ao palácio! Quanto ao desejo de conhecer é completamente mútuo, a ansiedade cresce nos dois lados.
Mas isso é um Palácio ou uma cidade? Ninguém conhece ninguém?
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