2008/03/20

POEMAAR


Francisco Goya
dois velhos comendo
1820-23


Queria respirar o oxigénio de um poema
e saber mexer os dedos como um
verso incompleto.
Quantas palavras medem uma melodia
quando estamos em silêncio?
Adormeço sem respostas,
procurando ser poeta num qualquer
sonho.

Deixei de falar e esqueci todas
as palavras,
enterrei-me no solo mais árido
e ceguei com o sol perseguindo
o voo de um falcão. R.08/



5 comentários:

O MARQUÊS DA PRAIA E MONFORTE disse...

" Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela. Por isso é que os poemas têm ritmo - para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado."

Mario Quintana

colher de chá disse...

não cegues ainda, oh poeta do solo árido. abre a janela dessa cela abafada e deixa entrar o ar para que respires.

A AFILHADA FRANCESA DO MARQUÊS disse...

Caro secretário:

a curiosidade de o conhecer pessoalmente tem vindo a aumentar na medida do qualidade dos seus textos.
Confesso que até me sinto intimidada a publicar as minhas pequenas e simples "redacões".
Muitos parabéns, o Palácio está mais interesante.

O SECRETÁRIO DO MARQUÊS disse...

Ora essa, estimada Afilhada, os seus textos é que fazem muita falta ao palácio! Quanto ao desejo de conhecer é completamente mútuo, a ansiedade cresce nos dois lados.

Anónimo disse...

Mas isso é um Palácio ou uma cidade? Ninguém conhece ninguém?