Nunca fomos muitos, mas agora somos cada vez menos. Os recentes números da natalidade colocam Portugal com os mais baixos indicadores de sempre. O sobressalto foi tão grande que até sua majestade O Cavaco largou o bolo-rei e veio a terreiro balbuciar que a culpa era da comunicação social que passava o tempo a falar do aborto e não falava de ter bebés. Identificou bem o problema. A comunicação social, em especial a televisiva, será a grande responsável pela situação actual. Tenho uma vaga lembrança de ver associadas as famílias dos tempos passados à ausência desse aparelho terrível, o televisor.
O Primeiro-Ministro, que já percebeu que o assunto não se resolve deitando abaixo as antenas emissoras de Monsanto, anunciou hoje um pacote de incentivos à maternidade. Mais uns abonos, mais umas prestações, mais uns descontos, um grande pacote de medidas. Não lhe passou pela cabeça que as condições que faltam às famílias portuguesas não são todas de índole financeira, mas para estas bastava-lhe anunciar o aumento dos salários e travar a especulação na habitação. Quanto ao resto, poderia universalizar o pré-escolar, estabelecer uma rede de creches públicas e alterar a legislação laboral, garantindo às famílias melhores condições para a conciliação entre o trabalho e a família. Por fim, podia então poupar esse pacote.
O Presidente da associação cujos membros necessitados vivem em famílias numerosas e que se chamam quase todos Bernardos, Marianas e Gonçalos, não ficou satisfeito com as medidas anunciadas e disse que era preciso aprofundar o pacote do Primeiro-Ministro. Ao homem não falta vigor, percebe-se! Mas mais, propôs que o Primeiro-Ministro trate a natalidade como trata o deficit público. Estabeleça metas, trace estratégias e avalie resultados. Estou mesmo a ver que rapidamente passamos dos apoios aos castigos. Majoração da taxa de IRS para quem não tem pelo menos 3 filhos, redução para metade o tempo de férias de quem não tiver filho nenhum, e outras do mesmo calibre.
O problema não se resolverá. A taxa de natalidade continuará a baixar. E para desgosto dos nossos mais acérrimos nacionalistas, Espanha não nos vai anexar. Virá cá repovoar-nos. E atenção que eles já têm a estratégia em marcha. Para já garanto-vos que o pacote deles é melhor que o do nosso Primeiro-Ministro.
Esta revista foi condenada a retirar todos os exemplares das bancas porque houve quem considerasse a capa insultuosa e caluniosa. De facto, uma vergonha! Parodiava o anúncio feito pelo Primeiro-Ministro espanhol de um subsídio de 2500 euros por cada nascimento. Estava, segundo esta revista satírica, explicada a fúria reprodutiva dos príncipes de espanha.
O Primeiro-Ministro, que já percebeu que o assunto não se resolve deitando abaixo as antenas emissoras de Monsanto, anunciou hoje um pacote de incentivos à maternidade. Mais uns abonos, mais umas prestações, mais uns descontos, um grande pacote de medidas. Não lhe passou pela cabeça que as condições que faltam às famílias portuguesas não são todas de índole financeira, mas para estas bastava-lhe anunciar o aumento dos salários e travar a especulação na habitação. Quanto ao resto, poderia universalizar o pré-escolar, estabelecer uma rede de creches públicas e alterar a legislação laboral, garantindo às famílias melhores condições para a conciliação entre o trabalho e a família. Por fim, podia então poupar esse pacote.
O Presidente da associação cujos membros necessitados vivem em famílias numerosas e que se chamam quase todos Bernardos, Marianas e Gonçalos, não ficou satisfeito com as medidas anunciadas e disse que era preciso aprofundar o pacote do Primeiro-Ministro. Ao homem não falta vigor, percebe-se! Mas mais, propôs que o Primeiro-Ministro trate a natalidade como trata o deficit público. Estabeleça metas, trace estratégias e avalie resultados. Estou mesmo a ver que rapidamente passamos dos apoios aos castigos. Majoração da taxa de IRS para quem não tem pelo menos 3 filhos, redução para metade o tempo de férias de quem não tiver filho nenhum, e outras do mesmo calibre.
O problema não se resolverá. A taxa de natalidade continuará a baixar. E para desgosto dos nossos mais acérrimos nacionalistas, Espanha não nos vai anexar. Virá cá repovoar-nos. E atenção que eles já têm a estratégia em marcha. Para já garanto-vos que o pacote deles é melhor que o do nosso Primeiro-Ministro.
Esta revista foi condenada a retirar todos os exemplares das bancas porque houve quem considerasse a capa insultuosa e caluniosa. De facto, uma vergonha! Parodiava o anúncio feito pelo Primeiro-Ministro espanhol de um subsídio de 2500 euros por cada nascimento. Estava, segundo esta revista satírica, explicada a fúria reprodutiva dos príncipes de espanha.
2 comentários:
O Diogo Infante anda com muito trabalho não é? até parece que tem alguma cunha.
O Diogo Infante tem feito muitos anúncios, muito trabalho, terá alguma cunha?
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