É normal, e nos dias que correm, cada vez mais normal, que nos sintamos enteristecidos, desapontados com a progressiva degradação do sentido crítico da nossa sociedade. Essa degradação infere-se pela falta de debate e reflexão social sobre os grandes temas colectivos.
O espaço mediático é cada vez mais ocupado com o entretenimento, muitas vezes de qualidade bastante questionável, com a futilidade e o efémero. As televisões generalistas têm as suas grelhas saturadas com novelas, concursos e programas de mexericos. Num momento em que pareceria inevitável que o aumento dos meios, das fontes e dos meios de informação resultaria numa elevação do nível de informação colectivo e consequente apuramento da capacidade crítica dos cidadãos, assistimos diariamente a um movimento oposto. É sem dúvida um paradoxo!
A memória colectiva é cada vez mais efémera e as novas gerações têm apenas vagas memórias daquilo que na contemporaneidade dos seus pais foram factos determinantes. A propósito recordo-me de uma programa de entretenimento da TVI cujos jovens participantes, alguns com cerca de 30 anos, não tenham a mais pequena ideia do que tinha sido o 25 de Abril.
Escusado será dizer que um povo que perde a sua memória é uma entidade vulnerável, sem defesas. A memória colectiva, sobretudo no que se refere à memória próxima, ajuda os cidadãos, individual ou colectivamente, a fazer escolhas presentes conscientes e avisadas.
Por tudo isto, está de parabéns a RTP, que possui neste momento uma grelha de programação nos serões de Domingo que é verdadeiro serviço público.
A nova série de programas da autoria de Maria Elisa, "Depois do Adeus", é um exemplo de serviço à comunidade. A pertinência dos temas e a qualidade jornalística dos programas tornam este um dos programas obrigatórios da televisão nacional.
1 comentário:
Ah a RTP faz serviço público? com aquele burro do José Alberto Carvalho, que dirige porque é ps?
e as filmages antigas de pornografia ou pedofilia que aconteceram por lá, também foi serviço público? até se falou num produtor, o Tropa.
Só o Rodrigues dos Santos é que incomodou por acusou o governo.
fazendo zapping, também se pode dizer que a TVI tem estado mais contido, desde que o Sr. Dr. Pina Moura faz parte. Num rpograma comenmorativo dos 15 anos dessa estação de tv, passaram as efemerides mais importantes, até funerais, o da Amália, mas não o do Dr. Álvaro Cunhal. Será que foi esquecimento? Ai Dr. Pina Moura, de delfim de Cunhal, destratou-o muito.
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