2007/10/14

TUDO PELO SILÊNCIO




Esteve ontem à minha mesa, aqui no Palácio, o Marquês de Borba. De vez em quando cá nos visita e aquece o serão. Companhia sempre bem-vinda e bastante espirituosa, tem o hábito de nos falar de outras mesas onde anda. Cavalheiro boémio, encontra-se com regularidade nas zonas de lazer e prazer da nossa sociedade. Na passada sexta-feira, numa das suas deambulações nocturnas pelo Bairro Alto em Lisboa, cruzou-se com o nosso Presidente da Câmara de Loures. Foram ao mesmo restaurante, perguntei-lhe. Não, tinha acabado de cear e ia descendo a rua do Grémio Lusitano, quando o vi sair apressadamente do Palácio da Maçonaria, seria perto das duas da madrugada. Do Palácio da Maçonaria, retorqui intrigado. Sim meu caro. Mas ilustre, não é o Palácio da Maçonaria ao Grémio Lusitano a sede do Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa? É sim.
Prezado Marquês de Borba não terá sido uma das suas… digamos inebriações? Por quem me toma? Se lho digo é porque estou certo, e não ia só. Saiu acompanhado de um cavalheiro alto, fato escuro, cabelo abrilhantinado bem colado ao casco, mas que não reconheci.
Que andaria fazendo aquele espírito alvoraçado em tão secretos e meditativos espaços? Não sei caro Marquês, mas, pelo que me vai contando, não o vejo de avental. Será Maçon o nosso Presidente? Não sei ilustre Marquês, conheço alguns, mas nem sob a minha influência falam. Como assim? Pois não sabe você que um dos votos é o do silêncio? Estará o Marquês de Borba a pensar o mesmo que eu? Creio bem que sim, o seu presidente, após duas semanas de desatinadas intervenções em público, recorreu a ajuda especializada para aprender a estar calado.

8 comentários:

Anónimo disse...

Coitado do segundo vigilante, que adestra os aprendizes. O trabalho que vai ter para adestrar semelhante peça.

Anónimo disse...

Quanto mais se vai sabendo, mas nojo esta sociedade me mete. Deve ser nas sessões maçónicas que eles estrategam o que fazem cá fora, como se protegem, como decidem em realção ao Código Penal. Vivemos numa sociedade ficticia, onde somos regidos por sociedades secretas, juro que pensava que as coisas não íam tão longe, mas vão, está à vista de todos.

Anónimo disse...

O Sr. Jardim Gonçalves também era um opus dei e diziam celibatário, e depois vem-se a saber que tem um filha e um filho, e até perdoa as dívidas do filho, com o dinheiro dos desgraçados que têm conta no MIllenium. Já não se percebe nada disto.Em quem se pode confiar em Portugal? A Justiça ataca os mais fracos, digam-me lá em quem ianda podemos confiar?

Anónimo disse...

Aqueles aventais é que matam.

Anónimo disse...

...me matam.

Anónimo disse...

este post só pode ser obra de algum "cabeçudo" que não foi convidado para ajudar a segurar o avental e que agora está ressabiado...

Anónimo disse...

ou então de algum presidente de junta com ambições camarárias.... afinal a mudança é fácil...são só uns metros...

Anónimo disse...

Eles é que andam atrás do tacho através de aventais secretos e paralelos numa sociedade não transparente, e outros é que são ressabiados.