2007/08/18

PROVISÓRIOS


Imagem retirada daqui.



De entre as frases de ordem que durante o PREC enchiam as paredes do país, algumas destacavam-se pelo sentido de humor que as marcava. Uma deles rezava assim; “Um Português definitivo só fuma Provisórios!”, parodiando, para quem não se lembra, a rápida cadência com que se sucediam os governos provisórios com as marcas de tabaco.
Hoje, já não temos Provisórios, seja governos, seja cigarros, mas perante a actual situação podemos escrever nas paredes. “Um Português definitivo só arranja provisórios.”




CONTRATOS A PRAZO ATINGEM NOVOS MÁXIMOS DOS ÚLTIMOS DEZ ANOS

“A taxa de desemprego, no segundo trimestre do ano, fixou-se nos 7,9 por cento, meio ponto percentual abaixo do valor recorde que tinha sido registado pelo Instituto Nacional de Estatística para os primeiros três meses do ano. Numa análise mais detalhada dos números, verifica-se que apenas o aumento do número de contratos a prazo para um novo máximo registado nos últimos dez anos permitiu que, do primeiro para o segundo trimestre deste ano, se tivessem criado 18.900 novos empregos em Portugal. As características dos empregos criados revelam assim um agravamento da precariedade a que se assiste actualmente no mercado de trabalho português. De acordo com o INE, foram criados, entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, 18.900 novos empregos, sendo 12.100 por conta de outrem. No entanto, destes últimos, apenas se regista uma subida no número daqueles que assinaram um contrato a prazo e que, por isso, estão sujeitos, com muito mais facilidade, a ficar de novo sem emprego. O número de pessoas nesta situação aumentou de 646 mil para 673 mil, representando já 17,3 por cento do total dos empregados por conta de outrem, um novo máximo dos últimos dez anos.” In, Público, 18-08-07

1 comentário:

Igor Caldeira disse...

O problema não são os contratos a prazo. São os falsos recibos verdes e os falsos contratos temporários.