2007/08/23

MANIFESTO SOLIDÁRIO CONTRA A POLÍTICA PEQUENINA


Imagem retirada daqui.


Após o acordo celebrado entre a maioria Socialista e o PSD, um dos dois vereadores eleitos pelo PSD, aceitou o Pelouro do Ambiente e passou a integrar a maioria deliberativa na Câmara liderada pelo PS. Os contornos políticos deste acordo nunca foram claros, ainda hoje, para além da evidente partilha de lugares, nem o PSD, nem o PS, clarificaram qual a plataforma mínima de entendimento que preside a esta colaboração política. A única face visível é que o PS, agora coma cobertura política do PSD, passa agora a dispor de uma maioria absoluta. O vereador do PSD que aceitou desempenhar este papel é o chamado pára-quedista, não só não foi eleito directamente nas últimas eleições, estando a substituir o vereador Frasquilho, como não se conhece grande currículo autárquico. Assim, para ele, dizer isto hoje ou fazer aqueloutro amanhã é um pouco a mesma coisa. Aliás, bem se vai percebendo que da poda conhece pouco e que a sua orientação política é o poder, que o deslumbra. Só um personagem com estas características aceitaria desempenhar um papel tão desqualificado do ponto de vista político, não têm ideias políticas que o condicionem, não possui uma passado de causas, propostas e posições políticas que o obriguem a exercícios de coerência, logo tudo é ligeiro e fácil.

O vereador Guedes da Silva é de outra casta, há muito que assume a representação política do PSD em Loures, foi candidato e eleito em vários órgãos autárquicos em Loures, conhece a história política do concelho, interveio activamente nela, tem propostas claras para muitos dos problemas do município, tem uma agenda política clara, não sendo um cata-vento, é respeitado pelos seus opositores, mesmo por aqueles que por questões de divergência política insanável nunca com ele concordaram. Porém, o rigor das suas posições e a preparação que revelavam todas as suas intervenções tornaram-no merecedor de reconhecimento. O vereador Paulo Guedes da Silva, jamais aceitaria desempenhar o papel a que o outro vereador do PSD se entrega com prazer. Ser-lhe-ia impossível compactuar, solidarizar-se ou simplesmente alhear-se de medidas, propostas, opções ou posturas que sempre criticou. Por coerência e verticalidade. É neste momento indesejado no seu partido, pela mesma razão que muita gente vê recusada uma oportunidade de emprego nos dias de hoje; tem qualificações a mais, políticas neste caso! Oxalá nunca lhes falte.

4 comentários:

Anónimo disse...

E não fala você sobre a vergonhosa falta de respeito com que os vereadores do PS tratam o Dr. Guedes da Silva. É gente sem um pingo de boa educação.

Anónimo disse...

O Guedes da Silva tem outro nível.

Anónimo disse...

è verdade o sr Vereador Paulo Guedes Nunca o faria, pois sempre recusou um acordo se não tivesse os lugares todos.
A vida custa a todos.
O Sr Vereador tem outro nivel por isso ou tudo para ele ou nada. Certo?
Por acaso agora lembrei-me daquela anedota Pu.. já nós temos, agora só falta o dinheiro.

O MARQUÊS DA PRAIA E MONFORTE disse...

O V. Paulo Guedes da Silva faria, como qualquer outro vereador. de que partido seja, os acordos que fossem necessários. E claro que esses acordos incluiriam ocupação de lugares chave nos niveis de poder abrangidos por esses acordos. É da natureza do exercício da política esta situação. Porém um acordo político não se faz pelo telhado, pelo que a partilha de poder, configurado na ocupação de lugares, é a fase final de um acordo político, e não a sua base. No caso do actual acordo entre PS e PSD, a parte política é o sossego com que o PS governará, do lado do PSD o que se vê são os lugares que se cobraram ao PS em troca desse sossego.