Há dias uma jovem contava-me que numa pequena formação a que assistiu no Centro de Emprego cujo tema era “Como procurar emprego”, a grande maioria dos jovens presentes não tinha escolaridade além do 9º ano. Só ela tinha formação superior e mais duas raparigas tinham o 12º ano. Todos os restantes – 12 jovens, tinham concluído ou apenas frequentado o 3º ciclo do ensino básico.
Durante o decorrer da acção, o ponto forte foi a desmotivação, a ausência de rumo, o desnorte sobre o caminho a seguir e sobretudo uma enorme descrença. Os jovens sabiam pouco, a perspectiva de mais estudos não os cativava e estavam profundamente zangados, mas não sabiam muito bem com quê.
Concluiu a dita jovem dando-me razão quando defendo que às crianças e jovens quanto mais escola melhor.
Acontece que nos últimos tempos me tenho confrontado com escolas do nosso concelho onde a principal função da Escola dificilmente se cumpre. Ensinar e aprender é uma tarefa pouco eficaz, tal é a indisciplina, mau comportamento e má educação dos jovens.
As escolas e os professores não sabem o que fazer, pois apesar de estarem diagnosticadas algumas das causas, as soluções ultrapassam largamente os muros da escola (que bom que era uma Escola sem muros!).
Em Sacavém, na última semana, três jovens saíram da escola e andaram aos tiros uns aos outros.
Os Cursos de Educação e Formação existentes em grande número em muitas dessas escolas também não são motivadores da aprendizagem e, apesar de terem mantido mais jovens nas escolas, não os munem com as competências, atitudes e comportamentos necessários a seres humanos completos.
As vidas nos bairros sociais continuam sem planos de intervenção, sem investimento, deixando à sua sorte centenas de crianças e jovens impreparados para enfrentar os aliciamentos de grupos de marginais e deliquentes.
Bem sei que a questão é mais profunda. Mas creio - ainda - que tem de haver soluções. Por eles, por mim, por nós.
Paris é já aqui ao lado.
Será que nunca aprendemos com os outros, remediando o que de errado imitámos?
Durante o decorrer da acção, o ponto forte foi a desmotivação, a ausência de rumo, o desnorte sobre o caminho a seguir e sobretudo uma enorme descrença. Os jovens sabiam pouco, a perspectiva de mais estudos não os cativava e estavam profundamente zangados, mas não sabiam muito bem com quê.
Concluiu a dita jovem dando-me razão quando defendo que às crianças e jovens quanto mais escola melhor.
Acontece que nos últimos tempos me tenho confrontado com escolas do nosso concelho onde a principal função da Escola dificilmente se cumpre. Ensinar e aprender é uma tarefa pouco eficaz, tal é a indisciplina, mau comportamento e má educação dos jovens.
As escolas e os professores não sabem o que fazer, pois apesar de estarem diagnosticadas algumas das causas, as soluções ultrapassam largamente os muros da escola (que bom que era uma Escola sem muros!).
Em Sacavém, na última semana, três jovens saíram da escola e andaram aos tiros uns aos outros.
Os Cursos de Educação e Formação existentes em grande número em muitas dessas escolas também não são motivadores da aprendizagem e, apesar de terem mantido mais jovens nas escolas, não os munem com as competências, atitudes e comportamentos necessários a seres humanos completos.
As vidas nos bairros sociais continuam sem planos de intervenção, sem investimento, deixando à sua sorte centenas de crianças e jovens impreparados para enfrentar os aliciamentos de grupos de marginais e deliquentes.
Bem sei que a questão é mais profunda. Mas creio - ainda - que tem de haver soluções. Por eles, por mim, por nós.
Paris é já aqui ao lado.
Será que nunca aprendemos com os outros, remediando o que de errado imitámos?
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