2007/04/24

UMA NO CRAVO, OUTRA NA FERRADURA

A MORTE DE SÓCRATES, Quadro de David, 1787


Ontem, na Assembleia Municipal de Loures, o PS voltou a posicionar-se de modo interessante no plano ideológico. Como é da praxe, a proximidade das comemorações do 25 de Abril e do 1º de Maio, motiva sempre a apresentação de Moções e Saudações evocativas destas datas e do seu significado. O BE fez as despesas de levar a plenário, para deliberação, dois textos, um sobre Abril e outro sobre Maio. Como não podia deixar de acontecer, qualquer um deles, tinha a marca ideológica dos proponentes. É normal que assim seja, tendo para além das considerações mais ou menos de circunstância, que todos acolhem, outras considerações de cariz mais político partidário que a alguns repele.
Na votação da Moção sobre o 25 de Abril, o PS associou-se ao texto, que não averbou nenhum voto contra, tendo apenas 7 abstenções da bancada do PSD. Na votação da Moção sobre o 1º de Maio, o PS não aguentou as referências à deriva neoliberal do Governo, às referências à desigualdade de distribuição da riqueza, nem às criticas à diminuição da qualidade de vida do povo trabalhador. Votou contra! Até o PSD encontrou margem para se abster, valorizando o que de essência existia no texto.
Sarcozy pode continuar espantado, a deriva neoliberal do PS já não é meramente conjuntural, ela tornou-se a cultura política do Partido.

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