Via Henricartoon
"A moção de censura do CDS/PP foi chumbada como era de esperar. Fazia parte das acções Primavera/Verão estabelecidas pelo partido de Paulo Portas. Ninguém votou a seu lado. Mas a verdadeira moção de censura veio da rua. 200 mil pessoas a protestar contra a proposta de revisão do Código do Trabalho não deve ser levada de ânimo leve. E já é a segunda grande manifestação, se tivermos em conta a de 18 de Outubro passado. O fim do ciclo político, no qual Sócrates se desdobra em iniciativas para colocar "Portugal no Futuro", está a ser ensombrado pela situação económica e social, que já conheceu melhores dias. Continuamos a ser o país da Europa ocidental com uma classe média a resvalar para níveis de pobreza preocupantes. Contrastamos com os dirigentes das grandes empresas nacionais que superam em muito os salários médios dos seus congéneres europeus. Até dos ricos países nórdicos. Sinais de preocupação que o governo não pode desvalorizar, acusando uma esquerda, na qual se inclui Manuel Alegre, de ser do bota abaixo. Sócrates tem de compreender que não é com miragens de TGVs ou inaugurações da agenda pré-eleitoral que ainda se mobilizam pessoas. Quanto ao argumento de pôr as contas em dia também já não é sufuciente. Bruxelas já tem os resultados que queriam. Os portugueses ainda não."
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